quarta-feira, 5 de outubro de 2022
Que Brasil é Esse?! — Reginaldo A. Garça*
quarta-feira, 1 de junho de 2022
Que lunático o quê, terráqueo?! - Reginaldo A. Garça*
Eclipse lunar |
Recentemente uma pessoa próxima me chamou de “lunático”. O engraçado é que foi com a intenção de me xingar de maluco ou algo assim...
Quando ouvi a palavra em questão ser proferida, fui imediatamente invadido por uma sensação inédita, tanto que eu não sabia se iniciava uma discussão mais acalorada, ou se ria do xingamento. Quem pensa em ofender alguém chamando-o de “lunático”?!
Ora! Se foi uma tentativa de me ofender, embora ainda querendo manter certo respeito, para evitar ser taxada de preconceituosa de alguma forma, a pessoa foi até inteligente. O caso é que eu repliquei a palavra mentalmente algumas vezes e depois a verbalizei pausadamente: Lu-ná-ti-co...
Isso deve ter causado algo nela, pois a pessoa ficou calada me olhando, e nesse momento ela devia estar pensando: "Eu o acertei e realmente é um 'lunático' e está se dando conta disso agora, ou vai retrucar com algo bem mais agressivo pra cima de mim."
Comecei, então, a repetir a palavra "lunático". E não parava de pronunciar a palavra “lunático” em voz alta, e cada vez que eu proclamava "lunático", tanto mais ela ficava confusa a ponto de essa confusão ficar mais e mais evidente em seu rosto!
Deixei a pessoa sozinha, evidentemente sem ela entender muito bem o que havia acontecido comigo. Já em casa, fui rever todas as fotos que fiz da lua, (e aqui devo dizer que não foram poucas). Cada vez que eu as via, me dava conta, aos risos, de como algumas pessoas não sabem xingar....
O caso é que, depois de rever as fotos da lua, nas mais variadas situações em que ela se apresenta para nós, me voltou a questão de como alguém pode querer xingar o outro de "lunático".
De repente me dei conta de que gramática nunca foi o meu forte, então fui rever o conceito da palavra “lunático” e o Google me disse tratar-se de um “substantivo masculino, Indivíduo que é excêntrico ou maluco" e que, segundo sua etimologia (origem da palavra lunático), provém do "latim lunaticus”.
Essa informação mexeu comigo de forma muito mais profunda, pois a ideia de “xingar” alguém de “lunático” não era algo tão somente ligado a uma inaptidão da pessoa que tinha acabado de me “xingar” de “lunático”. Havia um consenso normativo que induzia as pessoas a fazerem dessa palavra um xingamento.
E aí eu pensei um pouco mais sobre o ocorrido desde o princípio da conversa, e cada vez mais me dava conta de que, diante da atual circunstância, ser chamado de “lunático”, para mim, estava longe de ser um “xingamento”.
Pelo contrário, diante dos fatos atuais vividos aqui no planeta Terra (que eu espero ainda seja redondo e levemente achatado nos polos), concluo que para mim xingamento mesmo, bem ofensivo e traumático, é ser chamado de “terráqueo”.
Então, eu me dei conta de que não havia terminado a discussão. Daí liguei para o meu camarada e, assim que ele atendeu, gritei em seu ouvido, em alto e bom som:
Terráqueooooooooooo!...
Pois eu sou desses, eu reajo!!!
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*Reginaldo A. Garça - Fotógrafo, cinegrafista, produtor cultural, educador e cronista, colaborador aqui do Evoé!
segunda-feira, 16 de maio de 2022
Poética - Kelsen Bravos
Kelsen Bravos
domingo, 8 de maio de 2022
Sina (acontecença)
domingo, 12 de dezembro de 2021
Leitura e Pensamento Crítico - Kelsen Bravos
A convite da gestora do Instituto Manoel Viana, Lúcia Galdino, gravei um vídeo sobre o tema: Apresentação de Acervo Literário na Linha da Formação do Pensamento Crítico. A gravação foi ao ar no dia 11 de dezembro de 2021, para os participantes do PROJETO: CONTANDO HISTÓRIA E ENCANTANDO VIDAS, apoiado pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, através do Fundo Estadual da Cultura, com recursos provenientes da Lei Federal n° 14.017,de 29 de junho de 2020.
https://youtu.be/R8VF0Grbwhs
sábado, 4 de dezembro de 2021
Kelsen Bravos ConVida Elisabete Pacheco
O Kelsen Bravos ConVida constitui um espaço de interação com a temática Literatura, Leitura, Educação e Sociedade. Trata-se de um programa de "entrevista" via live. Nesta edição, em 13/10/2021, recebemos Elisabete Pacheco com o tema: Da arte de narrar e escrever histórias.
Projeto Ao Pé da Letra apresenta: Os tempos do aprender - texto de Marco Severo
O projeto Ao pé da Letra traz “Os tempos do Aprender”, texto de Marco Severo, narrado por Kelsen Bravos com tradução para Libras de Alana Oliveira, aquarelas de André Dias, trilha sonora de Levi Miranda editada por Ianni Macário e edição do vídeo de Richelly Barbosa.
quinta-feira, 22 de abril de 2021
A EdUECE celebra o Dia Mundial do Livro com a Festa do Livro e da Rosa
terça-feira, 14 de julho de 2020
A Literatura de Natalício Barroso no Blog Literatura com Túlio Monteiro
Natalício Barroso |
Confira também Natalício Barroso na Chiado Books.
sexta-feira, 10 de julho de 2020
UMA BREVE DIGRESSÃO SOBRE A CRÔNICA: DE HOMERO A AIRTON MONTE – POR TÚLIO MONTEIRO
Sugiro a leitura do ensaio de Túlio Monteiro sobre crônica, com destaque para a lavra de Airton Monte. Boa leitura!
UMA BREVE DIGRESSÃO SOBRE A CRÔNICA: DE HOMERO A AIRTON MONTE (In memorian)
“Vive Airton Monte as aventuras de seu imaginário. E as muitas alegrias da vida que sabe celebrar como poucos. É um artistas na melhor acepção do termo. E um boêmio que sabe o sentido das travessias humanas e bem assim, os seus emblemáticos ritos de iniciação e de passagem” (Dimas Macedo).
Definitivamente foi Homero o grande causador – e que bom que tenha sido ele – do surgimento da crônica. Os arrebatadores 15.693 versos divididos em 24 cantos de sua imortal Ilíada são o exemplo primeiro, porque não definir aqui, da crônica-reportagem de guerra, que tem n’Os Sertões, de Euclides da Cunha, seu mais relevante representante em língua portuguesa. Sei que alguns críticos literários afirmam ser o livro Os Sertões o marco inaugural do romance-reportagem no Brasil, no entanto, sob minha ótica, prefiro enxergar a obra maior de Euclides como uma crônica de guerra extremamente rica e realista, que também pode ser apreciada sob o prisma da crônica histórica. Entretanto, o que de fato importa – seja na heroica luta de Aquiles para resgatar Helena das mãos raptoras de Páris, ou no bravo combate de Antônio Conselheiro contra os republicanos brasileiros – é que a Literatura de fina casta foi a grande beneficiada, uma vez que o gênero crônica varou a inexorabilidade do tempo para, atualmente, apresentar-se na forma de narrativas leves, intimistas e repletas de lirismo. (leia mais...)