Vexame no esporte, vexame na política. Agora, caros ledores, que o Brasil deixou para lá de derrotada nossa pátria de chuteiras voltam à cena nossos tumores políticos. É chegado o momento de sairmos do estado letárgico que contamina o povo brasileiro a cada quatro anos para revolvermos a lama de Samarco e pensarmos: o que fazer quando as eleições chegarem para valer. Em quem votar, em quem acreditar?
Se o vexame dos dois a um contra a Bélgica foi um verdadeiro chocolate belga, imaginemos quão amargo será o sabor do chocolate que levaremos nas urnas em outubro próximo futuro. Algo que será assim acachapante e dantesco. Isso se não tomarmos vergonha nas caras e começarmos desde já a busca por uma campanha menos cheia de dólares na cueca em troca de promessas infundadas e absurdas.
E Neymar foi bem assim, uma saia justa atrás da outra saindo-se com pérolas do tipo: Posso dizer que é o momento mais triste da minha carreira, a dor é muito grande porque sabíamos que poderíamos chegar, sabíamos que tínhamos condições de irmos mais além, de fazer história, mas não foi dessa vez. Difícil encontrar forças para querer voltar a jogar futebol, mas tenho certeza que Deus me dará força suficiente para enfrentar qualquer coisa, por isso nunca deixarei de Te agradecer Deus, até mesmo na derrota... porque eu sei que o Seu caminho é muito melhor do que o meu. Muito feliz em fazer parte desse time, estou orgulhoso de todos, interromperam nosso sonho, mas não o tiraram da nossa cabeça e nem dos nossos corações.
Sobrou até para Bruna Marquezine que, não sendo liberada pela Vênus Platinada, está levando a culpa por não ter dado regaço e colo ao camisa 10 brasileiro. Coitada da menina. Tenhamos dó não concordam?!
E como diria o nosso sábio primo Clauton Rocha ao parafrasear Dilma Rousseff: se a Rússia perdeu não volta para casa, porque se ela perdeu vai voltar para casa que na verdade é a sua casa, sua terra natal. Entenderam? Nem eu! Qualquer coisa ou dúvida, mensagens ao velho Clauton.
Ainda teve que lascasse com pobre do Fernadinho, autor do gol contra que sentenciou a derrota do Brasil. O pobre do rapaz já foi chamado de macaco de Lampião, de traíra e de vendido dentre outras coisas melhores de não serem comentadas sob pena desta crônica ser modificada por nosso amado editor.
Todo amor e suporte a Fernandinho. Jogador disciplinado. Mais uma vez, Alisson não passou segurança alguma. Mãos curtas que nunca saem do gol. Mas a culpa é do negro, né? Chamá-lo de macaco em redes sociais e ameaçar a família é suave, né? Odeio as branquices do meu País varonil.
Óbvio que eu não estou satisfeito com a atuação do Fernandinho e ele também não está acima das críticas, mas ofender ele e a família? Chamar ele de macaco? O pessoal parece que perdeu o prumo e além do espírito esportivo, perderam também a noção de ser humano. Devagar com o santo que andor é de barro. Mais calma nessas horas.
E o Tite, hein? Ficará ou não? Isso ele decidirá, pois com a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia não alterou a disposição da CBF de renovar seu contrato.
Agora, voltando ao cenário político do País, em quem mesmo você pensa em votar para Presidente, Governador, Senador, Deputados Estadual e Federal? A lista é grande, pessoal. As eleições também serão. Já sabem onde estão suas armas de voto: o Título de Eleitor? Não?! Pois tratem de ir ajustando suas tabelas de aposta – não as da Copa –, mas as dos que irão governar nosso Brasil pelos próximos quatro anos, quando uma nova chance de sermos hexacampeões chegará.
Como afirmei antes, o período letárgico de uma Copa do Mundo vem para deixar mais lentos os reflexos da economia brasileira, quiçá mundial. Entretanto, é chegada a hora de sermos conclamados às urnas para fazermos jus ao nosso direito de voto. Pois que o façamos de maneira bem arejada, correta e longe da soberba de votos comprados em troca de meras dentaduras ou meritocracias. Essa é minha opinião.
Sejamos, pois, senhores de nossas responsabilidades enquanto cidadãos conscientes de nosso dever cívico. Já que vivemos em uma democracia de direito que a exerçamos de maneira limpa e cristalina. Afinal, com o Lula livre ou não um novo futuro se apresenta, cabendo a nós transformá-lo em esperança e felicidade, Fico por aqui, pessoas de minha mais alto-estima. Querendo crer que ando fazendo minha parte no que diz respeito levar-lhes meros textos de tiro curto, mais conhecidos como crônicas de Túlio Monteiro. Saudações litertárias.
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*Túlio Monteiro - é poeta, contista, crítico literário, publica todas as segundas aqui no Evoé! O texto V de Vexame" integra o projeto Abecedário de Crônicas do Evoé! Leia também Literatura com Túlio Monteiro.
Se o vexame dos dois a um contra a Bélgica foi um verdadeiro chocolate belga, imaginemos quão amargo será o sabor do chocolate que levaremos nas urnas em outubro próximo futuro. Algo que será assim acachapante e dantesco. Isso se não tomarmos vergonha nas caras e começarmos desde já a busca por uma campanha menos cheia de dólares na cueca em troca de promessas infundadas e absurdas.
E Neymar foi bem assim, uma saia justa atrás da outra saindo-se com pérolas do tipo: Posso dizer que é o momento mais triste da minha carreira, a dor é muito grande porque sabíamos que poderíamos chegar, sabíamos que tínhamos condições de irmos mais além, de fazer história, mas não foi dessa vez. Difícil encontrar forças para querer voltar a jogar futebol, mas tenho certeza que Deus me dará força suficiente para enfrentar qualquer coisa, por isso nunca deixarei de Te agradecer Deus, até mesmo na derrota... porque eu sei que o Seu caminho é muito melhor do que o meu. Muito feliz em fazer parte desse time, estou orgulhoso de todos, interromperam nosso sonho, mas não o tiraram da nossa cabeça e nem dos nossos corações.
Sobrou até para Bruna Marquezine que, não sendo liberada pela Vênus Platinada, está levando a culpa por não ter dado regaço e colo ao camisa 10 brasileiro. Coitada da menina. Tenhamos dó não concordam?!
E como diria o nosso sábio primo Clauton Rocha ao parafrasear Dilma Rousseff: se a Rússia perdeu não volta para casa, porque se ela perdeu vai voltar para casa que na verdade é a sua casa, sua terra natal. Entenderam? Nem eu! Qualquer coisa ou dúvida, mensagens ao velho Clauton.
Ainda teve que lascasse com pobre do Fernadinho, autor do gol contra que sentenciou a derrota do Brasil. O pobre do rapaz já foi chamado de macaco de Lampião, de traíra e de vendido dentre outras coisas melhores de não serem comentadas sob pena desta crônica ser modificada por nosso amado editor.
Todo amor e suporte a Fernandinho. Jogador disciplinado. Mais uma vez, Alisson não passou segurança alguma. Mãos curtas que nunca saem do gol. Mas a culpa é do negro, né? Chamá-lo de macaco em redes sociais e ameaçar a família é suave, né? Odeio as branquices do meu País varonil.
Óbvio que eu não estou satisfeito com a atuação do Fernandinho e ele também não está acima das críticas, mas ofender ele e a família? Chamar ele de macaco? O pessoal parece que perdeu o prumo e além do espírito esportivo, perderam também a noção de ser humano. Devagar com o santo que andor é de barro. Mais calma nessas horas.
E o Tite, hein? Ficará ou não? Isso ele decidirá, pois com a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia não alterou a disposição da CBF de renovar seu contrato.
Agora, voltando ao cenário político do País, em quem mesmo você pensa em votar para Presidente, Governador, Senador, Deputados Estadual e Federal? A lista é grande, pessoal. As eleições também serão. Já sabem onde estão suas armas de voto: o Título de Eleitor? Não?! Pois tratem de ir ajustando suas tabelas de aposta – não as da Copa –, mas as dos que irão governar nosso Brasil pelos próximos quatro anos, quando uma nova chance de sermos hexacampeões chegará.
Como afirmei antes, o período letárgico de uma Copa do Mundo vem para deixar mais lentos os reflexos da economia brasileira, quiçá mundial. Entretanto, é chegada a hora de sermos conclamados às urnas para fazermos jus ao nosso direito de voto. Pois que o façamos de maneira bem arejada, correta e longe da soberba de votos comprados em troca de meras dentaduras ou meritocracias. Essa é minha opinião.
Sejamos, pois, senhores de nossas responsabilidades enquanto cidadãos conscientes de nosso dever cívico. Já que vivemos em uma democracia de direito que a exerçamos de maneira limpa e cristalina. Afinal, com o Lula livre ou não um novo futuro se apresenta, cabendo a nós transformá-lo em esperança e felicidade, Fico por aqui, pessoas de minha mais alto-estima. Querendo crer que ando fazendo minha parte no que diz respeito levar-lhes meros textos de tiro curto, mais conhecidos como crônicas de Túlio Monteiro. Saudações litertárias.
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*Túlio Monteiro - é poeta, contista, crítico literário, publica todas as segundas aqui no Evoé! O texto V de Vexame" integra o projeto Abecedário de Crônicas do Evoé! Leia também Literatura com Túlio Monteiro.
Caríssimo escritor e primo, fazer o que, somos uma pátria de chuteiras e já estamos acostumados a levar "bicudos nas canelas", das tão afamadas chuteiras. Na verdade muitas teses vão aparecer para justificar o fracasso futebolístico, do tipo " A Fifa comprou a eliminação, com a conivência da CBF e a participação direta dos jogadores, que supostamente vão encher seus cofres por muito tempo, uns até, com contratos vitalícios de patrocínio", ou outras baboseiras do tipo: " Neymar levou os "parças" mas não levou a Marckezine (sei nem escrever o nome da moçoila)para lhe dar uns afagos" " e essa mais grave " faltou banana, para o Fernandinho". Quanta idiotice meu povo, jogador de futebol é um ser humano privilegiado, e todos, eu disse todos os jogadores da seleção brasileira, estão financeiramente resolvidos para o resto de suas vidas. Entretanto é um esporte coletivo, e o que vimos nas partidas da seleção, foi um tal de individualismo inexplicável, como se esperasse do nosso melhor jogador o CAI-CAI Neymar todas as soluções. Agora a partida mais difícil é a que se avizinha, em outubro próximo, a grande final de mandatos de Presidente, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais, pense numa partida extremamente difícil. O jogo político sujo, não para de tentar o impossível, postular a um presidiário condenado em duas instâncias, a responsabilidade de concorrer a Presidência da República, com um festival bizarro de Alvarás de Soltura e suas respectivas negativas. E para parafrasear a Dilma Roussef, nesse jogo sujo da politica: "Não acho que quem ganhar, ou quem perder, nem quem ganhar ou quem perder vai ganhar ou perder, vai todo mundo perder".
ResponderExcluirAqui nos vhega o primo Clauton com sus eterna verve sempre ácida e certeira. Foi só cutucar o homem que ele logo tespondeu a altura a brincadeira. Aliás, já está mais do que na hora do nobre escriba fazer as honras da casa e escrever também uma crônica pro Evoé! Fica o desafio. (Túlio Monteiro).
ExcluirUma corônica é feita de pedaços e de tempo curto, tanto para o autor como para o leitor. Uma análise do fracasso do Brasil na Copa pode ser muito mais longa, porque necessita de questionamentos que estão além das quatro linhas do gramado. Mas aí o leitor tem pressa de saber resumidamente o que quer o autor com aquela impressão sobre a seleção canarinha. E quando se fala em política, aí é que não cabe mesmo rapidez para análise. Mas o cronista que se preze desafia o leitor a ir até o final. Neste caso, desta crônica, Túlio Monteiro excerce bem o papel de cronista e deixa nas faltas o complemento que o leitor terá de acordo com a sua visão de mundo. Assim é aboa crônica. Assim é a vida!
ResponderExcluirAo escritor, professor e torcedor do leão Gildemar Pontes, o meu muito obrigado por mais essa abaliza avaliação de um meu singelo texto. Grande abraço literário. (TÚLIO MONTEIRO).
ResponderExcluirValorizando um pouco mais sua abordagem sobre política nessa nova crônica para o Abecedário de Crônicas do Evoé!, prezado Túlio Monteiro, volto-me a uma questão não merecedora de vacilo: vociferemos, a plenos pulmões, "Vade-retro" oligarquias, "Vade-retro" falsos representantes.
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