segunda-feira, 21 de agosto de 2017

EU VENHO DAS DUNAS BRANCAS - Túlio Monteiro

Fonte: Dunas do Cocó/FaceBook

Eu venho das dunas brancas
Onde eu queria ficar
Deitando os olhos cansados
Por onde a vista alcançar

Meu céu é pleno de paz
Sem chaminés ou fumaça
(...)
(TERRAL - Ednardo - excertos)



PARTE I

Será que alguém aqui sabe o que é uma tijubina ou um muricizeiro? Acho meio difícil para
Tijubina
quem tem menos 30 anos conhecer esses dois personagens da nossa vegetação de restinga. Uma vez que clubes aquáticos e até, pasmem, campos de golfe já invadiram seus lugares de origem. Não se assombre, não. No Ceará não tem só o Porto das Dunas! Temos o Aquiraz Riviera Clube de Golfe – dentre outros – como atração assim para, digamos, gringo ver. O cearense de classe média por lá é hostilizado mesmo. Experimente um dia entrar em um lugar desses para você ver o que é bom.

Pois é! Lá onde fica o Aquiraz Riviera era vegetação pura de restinga, toda a área que envolve o Porto das Dunas com seus Alphavilles também era de dunas que ajudavam os ventos vindos da África até três – eu disse só três – décadas atrás. Só que hoje, a especulação imobiliária tomou conta daquele pedação de Ceará, litoral que se perde de vista e tornava Fortaleza bem mais amena no que diz respeito ao forte calor que faz por aqui quando a quadra invernosa vai embora ali por março/abril.

Mas, voltemos às tijubinas e aos muricizeiros e deixemos o resto mais para adiante. Se aprochegue aí e vamos ver o que sai hoje dessa caneta ardente que nem o cano do fuzil de Lampião.

Corria o ano de 1976, quando meu pai, seu Bernardo Monteiro, chegou em casa todo serelepe dizendo que tinha feito a compra de uma ação do LUXOU ATLÉTICO CLUBE DE FORTALEZA, na verdade o primeiro clube de praia para a classe média/média de Fortaleza – hoje abandonado às moscas na avenida Dioguinho 2222, Praia do Futuro. Imagine, menino, eu que só sabia o que era tomar banho em água parada na Lagoa da Parangaba ou da Maraponga, ainda assim aos domingos, quando o velho enchia seu Fuscão verde de moleques da rua em que nasci para irmos nadar em águas ainda relativamente limpas. Foi uma alegria só. 

– Tem piscina para crianças, para adultos, piscina de saltos e até piscina olímpica com 50 metros de comprimento, dizia ele com os olhos brilhando de alegria pela aquisição feita em longas 24 parcelas a tirar de vista.

E foi em um domingo daquele mesmo 1976 que eu, ele e minha mãe fomos pela primeira vez a um clube social. Imagine o tempo que levamos para escolher as roupas certas, os apetrechos a levar. De nove da matina, você que me lê, até às cinco da tarde debaixo de sol e dentro das piscinas que eu podia entrar foi um regozijo só. Chovesse ou fizesse sol, não havia domingo que escapasse. Só quem escapava mesmo éramos eu e alguns amigos de infância para explorar o entorno do clube que não tinha nada a não ser quilômetros de dunas para se olhar e nenhuma sombra para proteção. Havíamos descoberto uma espécie de paraíso. 

Criado em subúrbio, eu lá sabia que existia aquele mundo cheio de uns calanguinhos coloridos que corriam feito a peste pelas areias escaldantes do lugar. Se escondendo embaixo de pequenas plantas que insistiam em nascer sobre a areia de praia que as cercava. Confesso que demorou um bom tempo para eu capturar com vida um dos coloridos répteis que por ali passeavam. Junto com ele levei enrolados em uma velha camisa sem mangas frutos amarelos mais ou menos do tamanho de uma pequena uva, só que eram amarelos e expeliam um cheiro peculiar que até hoje não me foge às narinas. 

Mostrei-os ao meu pai, que sempre teve e tem uma resposta na ponta da língua para as coisas do sertão e litoral. – Bom, a esses calanguinhos a gente chama de tijubinas e são coloridos assim para se camuflarem no meio das folhas que eles encontram tanto na praia quanto no interior e esses frutos nada mais são que muricis que dão um suco muito gostoso. Invenção dos índios que por aqui já habitavam muito antes da gente. Eu ficava maravilhado com a inteligência do meu velho.

Soltamos a tijubina, apesar de meus protestos, e levamos os muricis para casa onde lembro até hoje do suco grosso que ele provê. Tempos leves, tempos muito leves.




PARTE II

Mas o inexorável tempo passa e a gente cresce e envelhece certos sonhos. O LUXOU, clube onde conheci também Eloisa, minha companheira já de tantos anos, fechou e com ele cessaram as idas domingueiras para os lados da Praia do Futuro que nem barracas tinha ainda nos anos 1970.

Mudemos, agora, o rumo da prosa para coisas mais atuais e perigosas.

Fortaleza fica situada entre as fozes de dois grandes rios, um a Leste e o outro a Oeste, respectivamente o Cocó e o Ceará. Assim foi escolhida a nossa capital justamente por se situar entre dois grandes rios que proveram de água doce os colonizadores portugueses, holandeses, espanhóis e sei lá mais quantas nacionalidades vieram em busca das velhas pedras preciosas e novas terras a conquistar no que eles chamaram de Novo Mundo. Mas o negócio começou tão esculhambado por aqui que até a data de fundação de nossa cidade ainda gera controvérsias, tantas foram as invasões, guerras, disputas territoriais, chacinas indígenas e reinvindicações de posse.

Depois disso, atrocidades e mais atrocidades foram impetradas à capital Alencarina. Comecemos com os espigões da praia de Iracema que foram “construídos” ainda nos anos 1930 para que as águas do Atlântico dessem uma trégua em suas potentes ondas e navios de médio e grande porte pudessem atracar para deixar e levar cargas de exportação e importação. 

Em 1929, o Departamento de Portos, Rios e Canais tinha planos de realizar estudos sobre o porto de Fortaleza. Esta tarefa coube ao engenheiro Augusto Hor Meyll. Com base nos estudos feitos em Fortaleza, o Dr. Hor Meyll apresentou, a 21 de janeiro de 1930, o seu projeto de construção do porto de Fortaleza. A enseada do Mucuripe oferecia vantagens extraordinárias, inclusive o fato de esta localizar-se a seis quilômetros da capital. Na época, Meyll disse em frase que ficou famosa "Ou temos o porto na Enseada de Mucuripe, ou nunca teremos um porto em Fortaleza." Aí, começou uma esculhambação que vamos chamar aqui de assoreamento. Ou seja, com a construção do porto, o mar recuou centenas de metros praticamente acabando com a zona de praia usada pela elite fortalezense. Deve ter sido engraçado, ver os ricos chegando para trocar seus trajes de banho em cabinas particulares que ficavam trancadas à beira do mar e ter que caminhar, sei lá, um quilômetro para chegar ao salgado sabor do mar. Bem, mas Getúlio Vargas, com o Decreto-Lei 544, de 7 de julho de 1938, decidiu sobre a localização do novo porto de Fortaleza definindo a Enseada do Mucuripe como o novo local, sendo as obras iniciadas em 1939. E quem quisesse e achasse ruim que fosse reclamar na Corte do Rio de Janeiro.

E tome o assoreamento, que nada mais é que o acúmulo de sedimentos (areia, terra, rochas), lixo e outros materiais levados até o leito dos cursos d'água pela ação da chuva, do vento ou do ser humano, onde em alguns casos, o curso d'água pode até deixar de existir em decorrência desse fenômeno.

Foi o que deu origem à Praia Mansa, nos arredores do porto e ao buraco causado onde hoje se tem como medida paliativa – eu afirmo: paliativa – o Aterro da Prainha, uma vez que apenas foi completado com areia do mar para evitar que o mesmo tomasse conta da Rua Eduardo Girão e “cortasse” o acesso para o lado mais Leste de Fortaleza. O que, inevitavelmente irá acontecer em alguns anos. Basta esperar.

Daí o efeito dominó só vem se alastrando para as bandas do Oeste. Praias como Barra do Ceará, Dois Coqueiros, Iparana e mais recentemente Icaraí estão totalmente destruídas pela ação de projetos mal calculados. Dizem que a quebradeira já chegou na Tabuba e no Cumbuco. Tudo porque autoridades incompetentes resolveram criar o Porto do Pecém e mais uma vez pensar SEM nas consequências que isso traria ao litoral de Fortaleza e praias adjacentes.

Trocando em miúdos. Fortaleza e região metropolitana estão fadadas a ficar sem praias habitáveis em poucos anos. Uma década, no máximo. Estando toda essa região de litoral “espremida” entre grosseiros erros de engenharia advindos dos últimos – pasmem – apenas 80 anos. Nessa batida e não estou sendo exagerado, o Piauí que cuide do Delta do Parnaíba, pois é para lá que os assoreamentos do Porto do Pecém se dirigirem.


PARTE III 

Bem, tendo exposto o campo de guerra que se tornou o litoral Oeste de Fortaleza, vamos ao arremate dessas tragédias anunciadas. Só que agora focando o lado Leste, ainda quase intacto. Mas que agora virou alvo definitivo da exploração imobiliária. Isso mesmo! A bola da vez agora são as Dunas do Cocó e regiões limítrofes. Justamente onde estão as derradeiras dunas intactas do litoral Fortalezense, localizadas em terras pertencentes aos grupos Edson Queiroz e M. Dias Branco. 

Foi aprovado em nossa Câmara de Vereadores um projeto para a exploração imobiliária das Dunas do Cocó. Os do lado Leste que se prepararem, pois os menos favorecidos serão sumariamente destituídos de seus terrenos e casas, bem como quaisquer bens que tenham em seu poder. Ou seja, RUA aos de menor calibre. 

A exploração agora é Lei parlamentar e só falta o aval de nosso Prefeito para que os projetos imobiliários comecem a pipocar para aqueles lados começando a pôr fim em uma preciosidade ambiental que possui mais de 1500 anos de idade, uma floresta fechada e intacta com mais de 150 espécies vegetais e dezenas de espécies animais dentre elas raposas, tamanduás, tatus, caranguejos, aves, macacos, lagartos e serpentes que põem o ambiente em total equilíbrio com a natureza local. 

Convém lembrar que as Dunas do Cocó exercem importante papel no clima da cidade de Fortaleza e região metropolitana, uma vez que através delas as águas captadas das chuvas são filtradas e jogadas no estuário do rio Cocó responsável por dois terços da água pluvial da metrópole, que traz importante valor de limpeza aos poços artesanais que ainda existem e resistem por toda a capital. Ou seja, prejudicarão, também, o lençol freático de Fortaleza que já não anda mais lá essas coisas todas. Percebem a gravidade dos fatos? 

Tudo isso sem contar, que destruídas e “colonizadas” as dunas, muito mais do que água será perdido. Falo de ecoturismo, refiro-me ao clima mais ameno, aos ventos que serão retidos por conta de arranha-céus a serem construídos em regime de mutirão mesmo, dada à pressa e valorização lucrativa que nosso último verde-puro possui. 

E para arrematar esses escritos, faço-me valer de artigo produzido pelo articulista do SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, que, já em 2010, aventava para a radical exploração das Dunas do Cocó por empreiteiras e construtoras. Mostrando que a guerra ia ser longa e uma das partes – como sempre o lado mais fraco – iria perder e perder feio para os capitalistas que se importam apenas com suas contas bancárias não relevando que suas próprias gerações futuras perderão, e muito, com a destruição das Dunas do Cocó que nada mais são que parte do que resta da Mata Atlântica brasileira. Ele conclui afirmando que Fortaleza precisa de áreas protegidas, de dunas vegetadas, de paisagens para a fruição, contemplação e lazer da população. Confira As dunas de Fortaleza, escrito por Mantovani.

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Túlio Monteiro - escritor, revisor e crítico literário, publica todas as segundas aqui no Evoé! Leia também Literatura com Túlio Monteiro.



Artigo escrito pelo diretor de políticas públicas da Fundação Mario Mantovani: 

As dunas de Fortaleza

2010 é o ano da Biodiversidade. A perda de habitats é a principal causa da extinção de espécies. A criação de unidades de conservação com a participação e envolvimento da população torna-se uma prioridade para alcançar um desenvolvimento sustentável. Fortaleza deu o exemplo protegendo suas dunas remanescentes, mas esta conquista está ameaçada. 

A paisagem de Fortaleza se sobressai pelo belo encontro das dunas, lagoas interdunares, vegetação de restingas com o verde do mar. Esta paisagem, característica da Mata Atlântica, convida ao turismo sustentável, às caminhadas ao entardecer, e é cenário dos passeios noturnos de bicicleta de Fortaleza, contribuindo para a melhoria da qualidade vida. Pouco resta desta paisagem livre de ocupação humana em Fortaleza, nos últimos 30 anos a cidade perdeu mais de 90% de sua área verde. 

A sociedade reconheceu a importância ecológica dos remanescentes de Mata Atlântica para o equilíbrio climático da cidade, valorizou a paisagem e a área por integrarem o sistema da Bacia do rio Cocó. Por ser essencial na mitigação dos impactos e pressões sofridas pelo principal parque de Fortaleza, o Parque do Cocó. O reconhecimento por parte da população do valor ambiental das dunas, ainda remanescentes em Fortaleza, motivou uma mobilização e articulação com repercussões nacionais. A sociedade fez sua parte: blogs, páginas na internet, manifestações nas ruas e mais de três mil assinaturas pleitearam a criação de uma unidade de conservação capaz de proteger e evitar a ocupação desordenada das dunas vegetadas do bairro do Cocó. As dunas são consideradas áreas de preservação permanente protegidas pelo Código Florestal e pela Resolução CONAMA 303/2002, que define duna como unidade geomorfológica de constituição predominante arenosa, com aparência de cômoro ou colina, produzida pela ação dos ventos, situada no litoral ou no interior do continente, podendo estar recoberta, ou não, por vegetação. Portanto, são áreas definidas pela legislação federal e foram definitivamente demarcadas e protegidas com a aprovação da Lei Municipal 9502 em dezembro de 2009, de autoria do vereador e ambientalista João Alfredo, que, sintonizado com os anseios da população, criou a Área de Relevante Interesse Ecológico das Dunas do Cocó. 

Esta luta foi uma vitória de todos os ambientalistas, de toda a sociedade, da cidade de Fortaleza, e de todos os que compreendem a urgência de uma nova sociedade sustentável, uma sociedade tecida com os nós da solidariedade, do compromisso com o futuro e com a qualidade de vida, em que a natureza não pode ser tratada como um mero recurso econômico, mas que deve ser incluída como bem e valor ser protegido e integrado a um projeto de desenvolvimento sustentável. 

Com tristeza e indignação recebemos a notícia que o Presidente do Tribunal de Justiça, em decisão liminar, retirou a eficácia da proteção das dunas, com argumento que a Lei, legitimamente aprovada com apoio de mobilização da população, entra em conflito com o Plano Diretor. Não existe cidade sustentável, objetivo maior do Plano Diretor, sem equilíbrio ambiental, como assistimos nos desastres recentes de Santa Catarina e de Angra dos Reis. A proteção do meio ambiente consiste no caminho para alcançarmos uma sociedade mais justa, equilibrada e com qualidade de vida e a construção de uma cidade sustentável. O dever de criar unidades de conservação encontra fundamento constitucional: “incumbe ao Poder Público: definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção” 

Vamos fazer valer esse dever do estado e direito do cidadão, os ambientalistas questionam judicialmente a decisão. Esperamos que a Justiça abra os olhos para a beleza e para o meio ambiente. Fortaleza precisa de áreas protegidas, de dunas vegetadas, de paisagens para a fruição, contemplação e lazer da população. (https://www.sosma.org.br/1170/as-dunas-de-fortaleza/)

8 comentários:

  1. E pensar que eu era o único saudosista ...Pegando carona nesse texto do nosso escritor (diria Indiano Jones tupiniquim) hoje não vou comenta-lo ...mas prestar um depoimento. É sabido que o escritor Túlio Monteiro é um poeta romântico incorrigível, deve ter sido extremamente difícil para ele, enveredar por um assunto tão delicado, complexo e difícil, mas vale lembrar - com bastante saudade - diga-se de passagem das luaradas e dos lindíssimas por do sol, que eram observados por nós das dunas da praia do futuro, Icaraí (sim Icaraí tinha dunas também) durante nossa juventude. Causo choro quando fui a última vez a praia do Icaraí.. não vistei nenhuma duna, nem praia, apenas o mar batendo e destruíndo com justificada revolta, construções mal planejadas e criminosas. E o que falar da praia do Iguape, de Morro Branco em Beberibe? Mais desolação por constatarmos como a natureza reage aos crimes praticados contra ela. Bem , saudosimo é pouco para expressar nossa revolta, considerando-se que onde hoje é localizado o Shopping Iguatemi, cerca de 35 a 40 anos atrás, funcionavam duas salinas, denominadas AGEU GALDINO BRASIL e AMÉRICA BRASIL, sim pasmem senhores, ali onde hoje é o Iguatemi, chegava o mar...Partindo para o litoral oeste, (muitas boas recordações) quem viveu o tempo da minha juventude, lembra como era lúdico e prazeroso, aquele passeio de pequenos barcos para fazer a travessia de Fortaleza para Caucaia, nas águas límpidas do Rio Ceará...Onde já nas barracas de praia, podíamos degustar iguarias próprias da região, como as famosas casquinhas de caranguejo e as deliciosas peixadas... Bem, o que fazer, se leis são criadas, visando apenas o aspecto financeiro, sem considerar os problemas climáticos e ambientais que podem surgir com medidas tão criminosas. E não me venham falar em Estado Democrático de Direito e outras bobagens, por que leis novas não conseguirão remediar o que já foi feito, perdendo nós, simples mortais da já quase em extinção classe média.

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  2. Muito bom, Clauton Monteiro. Essa foi devastadora e espero que chegue aos os olhos inescrupulosos que pretendem - e vão - acabar com as Dunas do Cocó. Valeu. Túlio Monteiro.

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  3. Caro Clauton Monteiro, o convite está feito, resta apenas você adiantar o conjunto de cinco textos. Será um prazer tê-lo entre os articulistas. Sua memória e boa prosa associadas a seu excelente e sutil senso de humor são ingredientes mais que suficientes a um bom cronista.

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    1. Memória... não exagera Kelsen Bravos... tenho uma vaga lembrança....

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  4. Texto bom e necessário. Leitura e luta. As palavras são como flechas certeiras. Madalena de Paula

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  5. Especulação imobiliária... Dinheiro, muito dinheiro, para poucos... Concentração de renda entre os que se consideram donos do mundo, donos das dunas... Nada de preocupação social - a população que se dane; "Quem for podre, que se quebre"... Nada de visão socioambiental - a natureza que se renda às ambições de um "seleto" grupo de investidores, desbravadores... Entre eles, alguns que se dizem representantes do povo.

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  6. Poucas palavras, sabias palavras, poeta Chico Araújo. Túlio Monteiro.

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