sexta-feira, 28 de julho de 2017

IRONIA E CIRCULARIDADE POLÍTICO-SOCIAL EM OS BRUZUNDANGAS, DE LIMA BARRETO - Túlio Monteiro

Trazemos a público este ensaio de Túlio Monteiro sobre Lima Barreto, sem dúvida o mais importante escritor sudestino do século XX. Autor sem par no Brasil e que, sozinho, fez mais pela autêntica expressão cultural brasileira do que toda a elite cultural e midiática da Semana de 22. Boa leitura! (KB)


IRONIA E CIRCULARIDADE POLÍTICO-SOCIAL EM OS BRUZUNDANGAS, DE LIMA BARRETO


...na verdade, Lima Barreto soube falar basicamente sobre os mesmos temas de duas formas, ou melhor, para dois públicos. A questão de um Brasil que se queria moderno posteriormente à Proclamação da República, a permanência da estrutura escravocrata, a intolerância com a indiferença, os limites do nacionalismo, o olhar duplo: um na Europa, outro na rua do Ouvidor, a indiferença diante do país agrário, a utilização espúria da política, a estrutura do favor.
Beatriz Resende


Afonso Henriques de Lima Barreto veio à luz aos 13 de maio de 1881. Nasceu mulato, fruto do casamento entre a também mulata Amália Augusto Barreto, professora criada por uma família de recursos, e de João Henriques de Lima Barreto, tipógrafo e homem de vasta leitura, filho nascido da união de uma escrava com um comerciante madeireiro português.

Lima Barreto foi um perspicaz observador da sociedade brasileira de seu tempo, em especial da sociedade carioca, à época profundamente centrada nos modismos, inovações e costumes culturais importados da Europa. Um Rio de Janeiro que passava por grandes mudanças sócio-políticas que geraram a assinatura da Lei Áurea, abolindo a escravidão, e a queda da Monarquia de Dom Pedro II em detrimento da República de Deodoro da Fonseca.

O menino de poucos recursos que perdeu a mãe aos sete anos de idade e veria o pai enlouquecer alguns anos mais tarde, tornou-se um arguto acompanhador das mudanças sociais e estéticas daquele Brasil do final do século XIX e início do XX. Vivaz, desde muito cedo o jovem Lima Barreto passou a deitar no papel os grandes acontecimentos ocorridos em seu entorno, crônicas escritas que ainda hoje são valiosos documentos de consulta para escritores, antropólogos e historiadores.

A facilidade que tinha para redigir - certamente a mais completa válvula de escape para os sofrimentos que assolaram sua vida - levou Lima Barreto a escrever, a partir de 1902, em vários periódicos cariocas, tendo sido o jornal A Lanterna, dirigido por Bastos Tigre, o primeiro a receber textos de sua lavra. Vieram depois: Correio da Manhã; Revista Fon-Fon; Revista Floreal (idealizada por ele); Jornal do Commercio; Gazeta da Tarde; Revista O Riso; Correio da Noite; Última Hora; Jornal A Noite; Revista Careta; Semanário Político ABC; Diário Carioca; Revista Hoje e Revista Souza Cruz. Ao contrário do que muitos estudiosos da literatura brasileira afirmam, no que diz respeito à liberdade de publicação, Lima Barreto nunca foi marginalizado ou sofreu retaliações por parte dos cânones literários e jornalísticos de sua época. Pelo contrário, o autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma sempre teve autonomia para publicar suas panfletárias e satíricas crônicas, muitas delas abertamente alfinetadas em prestigiadas figuras do Brasil de seu tempo.

Criatura de aguçado intelecto, Lima Barreto, que representa para a prosa de nosso país o que Cruz e Souza representa para a nossa poesia, foi um homem que sempre sofreu com os revezes de uma vida pautada pelas dificuldades, fossem elas financeiras ou espirituais, principalmente espirituais, já que aos legítimos homens de letras as finanças são sempre relegadas a um segundo plano. Sofreu na sua pele quase negra as discriminações raciais de um Brasil recém-saído da Abolição, tendo que acompanhar dolorosamente a loucura crescente de seu pai, não sem antes ter que conviver, em caráter quase permanente, com sua própria loucura.

Ancorado em sua húmile origem e sensibilidade apurada, Lima Barreto escreveu magistralmente sobre a realidade brasileira vista de baixo para cima no que diz respeito às camadas sociais, tendo sido detentor de uma coragem ímpar para julgar e enfrentar, através de sua cortante e afiada pena, os poderosos e opressores de sua época. O preço a ser pago foi alto, uma vez que escrever o que se pensa, sem floreios ou reticências, custa caro. Abertamente, não - como afirmamos acima -, mas nos bastidores intelectuais foi preterido por quase todos os "grandes" literatos de seu tempo, a ponto de nunca ter conseguido tornar-se um imortal da Academia Brasileira de Letras, apesar de nela ter tentado ingressar por três vezes. Conchavos dos medalhões de plantão. Nada mais atual.

No primeiro dia de novembro de 1922 – ano em que Mário de Andrade e seus seguidores desfraldaram, em São Paulo, a bandeira do Modernismo Brasileiro –, Lima Barreto morreu vitimado pelas complicações cardíacas advindas dos excessos alcóolicos. Dois dias depois, faleceria seu pai, João Henrique de Lima Barreto. Nas mãos do escritor Lima Barreto, sua irmã Evangelina encontrou um exemplar da revista francesa Revue des Deux Monde, uma de suas leituras favoritas, que ele fez questão de citar em "Os Samoiedas", capítulo inicial de Os Bruzundangas (1922). Ao seu concorrido funeral, realizado no Cemitério São João Batista, não compareceram intelectuais ou membros da alta sociedade, mas, sim, inúmeros anônimos, personagens maiores de seus ácidos e contundentes textos literários, hoje traduzidos para as línguas francesa, espanhola, alemã, russa, japonesa e inglesa, comprovação maior da universalidade de sua literatura.

OS BRUZUNDANGAS: ENTRE A SÁTIRA E A CARNAVALIZAÇÃO.

Corria o ano de 1917 quando Lima Barreto, aos trinta e seis anos e após quatro licenças para tratamento de saúde e uma internação no hospício da Praia Vermelha, hospitalizou-se mais uma vez em busca da recuperação de algum vigor físico. O diagnóstico: alcoolismo. No período em que esteve em tratamento, concluiu os escritos daquele que viria a ser seu primeiro livro satírico: Os Bruzundangas.

Após arrematar os trinta e nove textos que dão formato ao tecido literário de Os Bruzundangas, Lima Barreto confiou seus originais ao editor J. Ribeiro dos Santos que, intencionalmente, os manteve inéditos até a morte do escritor em 1922, transformando Os Bruzundangas, por ele mesmo propagado aos quatro ventos, no primeiro livro póstumo de Lima Barreto. Vendas e os lucros garantidos.

O termo Bruzundangas é um brasileirismo registrado em dicionário que significa confusão, trapalhada, embrulhada...mistura de coisas imprestáveis, sendo este último significado o que melhor se adapta à mensagem panfletária que Lima Barreto quis deixar registrada nos textos contidos no livro ora analizado.

País fictício que bem poderia ser o Brasil da primeira metade do século XX ou mesmo o que hoje habitamos. a República dos Bruzundangas é uma nação assolada pelos sete Pecados Capitais e suas variantes. Pátria na qual a corrupção é moda e modelo para se chegar ao poder e onde pessoas honestas são tachadas como seres imbecilizados, comprovação maior de que malícia e ardileza são características obrigatórias aos que desejam "vencer", "ascender" social e financeiramente nas plagas daquele território.

Que não estranhem os leitores de Os Bruzundangas se se depararem com situações extremamente contemporâneas no que diz respeito aos desmandos e abusos ocorridos neste Brasil de início do século XXI. A sensação de atualidade e de que nada mudou nos últimos noventa anos é tão nítida, tão palpável, que o ledor menos avisado se convencerá de que Lima Barreto não morreu em 1922, mas, sim, que continua vivo e escrevendo acidamente, dardejando duras verdades à social classe dominante brasileira, uma minoria mínima - perdoem a redundância - que há mais de quinhentos anos dita normas e diretrizes ao nosso proletariado tupiniquim.

No seu impressionantemente contemporâneo Os Bruzundangas, Lima Barreto satiriza o Rio de Janeiro de seu tempo, àquela época capital do Brasil. A nobreza, a política, a Constituição, as forças armadas, os heróis, o sistema de saúde, a educação, os literatos, enfim, a sociedade em sua totalidade, são alvos contundentemente atingidos pelas flechas incendiárias do arqueiro Lima Barreto, mulato quase negro que sofreu no corpo e n´alma o racismo e a rejeição de um Brasil que foi e ainda é basicamente povoado por índios, negros e uns quase brancos. País que até hoje não admite sua miscigenação, sua mestiçagem.

Em Os Bruzundangas, Lima Barreto pratica com excelência ímpar a estrutura literária que o formalista russo Mikhail Bakhtin viria a definir, em 1928, como carnavalização, processo que consiste em satirizar assuntos ligados à dialética social, centrando sua temática em uma afiada crítica às instituições, pessoas, grupos e hábitos de determinados segmentos da sociedade, valendo-se para isso de recursos retóricos que, embasados na comicidade e na ironia, produzem efeitos moralizantes no que diz respeito às noções sócio-ideológicas dos leitores.

E é esta ironia, esta comicidade aparentemente descompromissada, mas carregada de crítica aos abusos perpetrados pelos poderosos, que a visceral pena de Lima Barreto fez e faz brotar dos capítulos que compõem Os Bruzudangas. Textos agudamente escritos há mais de nove décadas, mas encantatoriamente atuais no que se refere ao combate explícito à circularidade viciosa que as caducas classes dominantes tanto insistem em transmitir, geração após geração, em insana busca pela perpetuação do poder.

Os Bruzundangas, de Lima Barreto, caros ledores, é leitura obrigatória aos que buscam entender, discutir, combater e equalizar a perenidade do poder que se instalou nesse país há mais de meio milênio, idealizando tempos melhores aos povos que habitam e virão a habitar este nosso Brasil que, sei, ainda se tornará uma nação forte e igualitária.

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TÚLIO MONTEIRO – Cearense de Fortaleza, é escritor e pesquisador literário. Graduado em Letras com Especialização em Investigação Literária pela Universidade Federal do Ceará. Tem publicados Agosto em Plenilúnio (poesia); Lopes Filhos e a Padaria Espiritual (biobibliografia histórica) e Sinhá D´Amora Primeira-Dama das Artes Plásticas do Brasil (biobibliografia histórica). Em 2004 lança Dois Dedos de Prosa com Graciliano Ramos (contos). Foi Diretor da Galeria Antônio Bandeira FUNCET – PMF. E-mail: tuliomonteiro@yahoo.com.br


CRONOLOGIA DE VIDA (e de morte)

1881 - Aos 13 de maio, nasce, no Rio de Janeiro, Afonso Henriques de Lima Barreto, filho da mulata Amália Augusta Barreto, professora criada por uma família de recursos, e do tipógrafo e ávido leitor João Henriques de Lima Barreto, filho de uma escrava e de um madeireiro português. Nesse mesmo ano, Machado de Assis publica Memórias Póstumas de Brás Cubas.
1887 - Dona Amália Augusta Barreto, mãe de Lima Barreto, morre em dezembro de tuberculose galopante.
1888 - Aos 13 de maio, No Rio de Janeiro, Princesa Isabel assina a Lei Áurea abolindo a escravidão no Brasil. O mulato Lima Barreto, que naquele dia comemora seu sétimo aniversário, assiste, ao lado de seu pai, a cerimônia da abolição, evento histórico que ficaria marcado para sempre em sua memória.
1889 - 15 de novembro. A Proclamação da República é declarada por Marechal Deodoro da Fonseca, que viria a ser o primeiro Presidente do Brasil.
1890 - Instalação da primeira Assembléia Constituinte do Brasil.
1891 - Deodoro da Fonseca decreta o fechamento do Congresso Nacional. Floriano Peixoto comanda um contragolpe que o levaria a ser o segundo Presidente do Brasil.
1892 - O literato Antônio Sales, ao lado dos poetas Lopes Filho, Temístocles Machado, Sabino Batista, Ulisses Bezerra, Álvaro Martins e Tibúrcio de Freitas, funda a Padaria Espiritual, movimento cultural surgido no Ceará que correu o Brasil de forma contundente, diagnosticando, seis lustros antes, aos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922 que a junção, a soma da ecleticidade de muitos segmentos intelectuais (literatura, pintura, música e sadia molecagem) era uma fórmula magnífica para se divulgar ao Brasil e ao mundo a riqueza cultural do nosso país.
1894 - Prudente de Morais torna-se o terceiro Presidente do Brasil.
1895 - Após concluir a instrução primária, Lima Barreto ingressa no Ginásio Nacional, que no período da Monarquia brasileira se chamava Colégio Pedro II.
1897 - Ingressa na Escola Politécnica do Rio de Janeiro.
1898 - Campos Sales se torna o quarto Presidente do Brasil.
1902 - Lima Barreto, a convite de Bastos Tigre, passa a escrever no jornal A Lanterna. Inicia-se, ali, a vasta colaboração de Lima Barreto em periódicos cariocas. Seu pai, João Henriques de Lima Barreto, enlouquece. Lima Barreto se vê obrigado a deixar a Escola Politécnica do Rio de Janeiro para trabalhar e sustentar a família. Aos 21 anos, procura, na bebida, consolo para seus problemas.
1903 - Através de concurso público, assume o cargo de amanuense na Diretoria de Expediente da Secretaria de Guerra.
1905 - Para reforçar o orçamento doméstico passa a trabalhar como jornalista profissional no jornal Correio da Manhã.
1907 - Lança o primeiro número da Revista Floreal. Para restabelecer-se de uma fraqueza geral do organismo, solicita sua primeira licença para tratamento de saúde.
1909 - Sob os cuidados do editor M. Teixeira, o romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha é publicado em Lisboa, Portugal.
1910 - Nova licença médica. Diagnóstico: impaludismo, doença infecciosa também conhecida como malária.
1911 - No Jornal do Commercio começa a publicar em folhetins aquele que viria a ser o seu romance mais conhecido: Triste Fim de Policarpo Quaresma.
1912 - Passa a publicar na Gazeta da Tarde a sátira Numa e a Ninfa, que em 1915 seria publicado em forma de livro. Mergulha ainda mais profundamente na bebida. Outra licença médica para tratar de reumatismo poliarticular e hipercinese cardíaca.
1914 - Entre 18 de agosto e 13 de outubro, Lima Barreto é recolhido pela primeira vez ao Hospício da Praia Vermelha. A vida difícil, a Loucura do pai e o alcoolismo são fatores cruciais para sua primeira crise neurastênica.
1916 - O uso excessivo do álcool e a vida desregrada leva-o a interromper por completo sua vida profissional e literária. Nova licença médica para tratamento de uma anemia profunda.
1917 - Greves operárias são deflagradas em todo o Brasil. Na Rússia, os bolcheviques proclamam a doutrina Socialista. Lima Barreto atua ativamente na imprensa anarquista, apoiando as manifestações libertárias dos trabalhadores brasileiros. Novo internamento, desta vez para tratar seu alcoolismo. No Hospício, escreve as crônicas que comporiam Os Brazundandas, livro satírico que só seria publicado em 1922, um mês após sua morte.
1918 - Diagnosticado como portador de epilepsia tóxica, é considerado inválido para o serviço público, requerendo, pois, aposentadoria das suas atividades de amanuense na Diretoria de Expediente da Secretaria de Guerra. Completamente livre para exercer suas atividades de literato, apoia o movimento bolchevique lançando o Manifesto Maximalista Brasileiro. Entrega ao editor Monteiro Lobato, seu admirador confesso, os originais de Vida e Morte de M. F. Gonzaga de Sá, seu primeiro livro a receber tratamento editorial de qualidade.
1919 - Monteiro Lobato traz à luz Vida e Morte de M. F. Gonzaga de Sá. Lima Barreto é novamente recolhido ao Hospício da Praia Vermelha.
1922 - Em São Paulo, a Semana de Arte Moderna define novas estruturas e diretrizes à literatura praticada no Brasil. No primeiro dia de novembro, Afonso Henrique de Lima Barreto cerrou definitivamente os olhos para este mundo. Fechava-se, ali, o círculo de sua magnífica vida. Ao lado de sua cama, estava sua irmã Evangelina Barreto, que dois dias após sepultar seu irmão teria que buscar forças para também inumar seu pai, o tipógrafo e ávido leitor João Henriques de Lima Barreto, falecido após vinte anos de loucura.

BIBLIOGRAFIA DE LIMA BARRETO

Recordações do Escrivão Isaías Caminha (romance) - 1909
Aventuras do Dr. Bogóloff (narrativas humorísticas) - 1912
Triste Fim de Policarpo Quaresma (romance) - 1915
Numa e a Ninfa (romance) - 1915
Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá (romance) - 1919
Histórias e Sonhos (contos) - 1920
Os Bruzundangas (sátira) - 1922
Bagatelas (crônicas) - 1923
Clara dos Anjos (romance) - 1948
Outras Histórias e Contos Argelinos (contos) - 1952
Coisas do Reino de Jambón (sátira) - 1953
Feiras e Mafuás (crônicas) - 1953
Marginália (crônicas) - 1953
Vida Urbana (crônicas) - 1953
Diário Íntimo (memórias) - 1953
Cemitério dos Vivos (memórias) - 1953
Impressões de Leitura (crítica) - 1956

BIBLIOGRAFIA SOBRE LIMA BARRETO

BARBOSA, Francisco de Assis. A Vida de Lima Barreto. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.
BEIGUELMAN, Por Que Lima Barreto. São Paulo: Brasilientse, sem data.
BOSI, Alfredo. "O Romance Social: Lima Barreto". In: História Concisa da Literatura Brasileira, São Paulo, 1995.
BROCA, Brito. A Vida Literária no Brasil - 1900. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975.
CANDIDO, Antonio. "Os Olhos, A barca e o Espelho". In: A Educação Pela Noite e Outros Ensaios. São Paulo: Ática, 1987.
CURY, M. Zilda Ferreira. Um Mulato no Reino de Jambón. São Paulo: Cortrez, 1981.
FIGUEIREDO, Maria do Carmo Lanna. O Romance de Lima Barreto e sua Recepção. Belo Horizonte: Lê, 1995.
LINS, Osman. Lima Barreto e o Espaço Romanesco. São Paulo: Ática, 1976.
PROENÇA, M. Cavalcanti. "Romancistas da Cidade: Macedo, Manuel Antônio e Lima Barreto". In: HOLLANDA, Aurélio Buarque de. (coordenação). O Romance Brasileiro. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1952.
PRADO, Antonio Arnoni. Lima Barreto: o Crítico e a Crise. Rio de Janeiro: Cátedra, 1976.
RESENDE, Beatriz. Lima Barreto e Rio de Janeiro em Fragmentos. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, Campinas, Unicamp, 1993.

3 comentários:

  1. Oportuna a crítica de Lima Barreto, vida e obra, marginalizado em vida, ignorado depois de morto, agora justamente recuperado para conhecimento dos que pouco ou nada ouviram falar dele atirado ao limbo do esquecimento

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    1. Sendo suas essas palavras, Dr. Lúcio, muito sinto-me honrado em guardá-las de memória e para sempre. Obrigado pela sinceridade. Túlio Monteiro.

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  2. O que nunca perde o rumo é o poder e a paciência do Tulio Monteiro em revirar as vísceras de nossa "sociedade" (se é que podemos assim rotular essa horda dominadora) na busca de entender o que não se explica. Como pode um povo como nosso sobreviver a tanta mazela... afinal considerando que a história é cíclica, no caso do Brasil é um ciclo interminável de dominação e arrogância. Muito bom saber que nós brasileiros, mestiços, negros, mulatos, brancos e cearenses (sim somos um povo singular) conseguimos ir a frente com muita ironia e bom humor. Parabéns Túlio Monteiro... e para os que não leram ou não tiveram a oportunidade de conhecer a obra do Lima Barreto... "BRUZUNDANGAS" para voces.

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