segunda-feira, 21 de julho de 2014

Da arte de Ícaro Lira

Ícaro Lira me encantou desde sempre. Lembro forte da sensação de acolhê-lo recém-nascido nos braços. Felicidade e medo. Medo que me aguçou o instinto de proteção. É assim até hoje.

A beleza do silente olhar de Ícaro, desde aquele abraço, só mudou em  intensidade. Vertical, mergulha profundo a descobrir abissais sentidos no que para os demais é só superfície. Gosto de vê-lo e, olho no olho, olhar seu olhar.

Dia desses (o que é o tempo perante a intensidade das emoções?), na praça do Ferreira, vi o Sol reluzir do seu olhar e sorriso, abraçamo-nos e nos beijamos, e a me olhar convidou para conferir sua exposição no Porto Iracema das Artes. Felicidade e medo. Medo essencial ao intimorato existir.

Sempre me inquiri do silente olhar de Ícaro Lira.
O que guarda tanta surpresa e espanto? Dignidade e indignação; calmaria e erupção; eco no oco; velocidade no estático;  aguado no seco; aridez no alagado; substância no aparente nada.

Ver socializada a intensidade de Ícaro Lira dá gosto. Vê-lo e, olho no olho, olhar seu olhar: felicidade extrema.  http://www.lastroarte.com/icaro-lira

Nenhum comentário:

Postar um comentário