O poeta Vessillo Monte me chega ao Botequim com um riso estranho, amacia a voz e diz:
- Ei, Bravos, meu poeta, temos de assumir nosso caso.
Miro bem o lânguido e verde olhar do poeta, avaliando o que viria depois dessa inusitada premissa.
Ao perceber meu riso de arre-égua contido pelo silêncio, o poeta continua:
Ao perceber meu riso de arre-égua contido pelo silêncio, o poeta continua:
- É que andam falando que temos um caso, pois só nos reunimos a sós no Botequim.
- Ora, Vessillo Monte, claro que temos um caso; e é a três! - respondo.
- A três, poeta?! Tipo ménage à trois?! - pergunta já anunciando a explosão da gargalhada.
- Sim, eu, você e a pessoa que anda a falar isso. Agora, pra ela, o caso vai troar!
- Vixe, poeta, ao nos encontrar, ela pensará como Napoleão em Waterloo: "Putaquelosparius! Lá vem os dois, tô arrombado!" - assevera Vessillo Monte.
- Fazer quê, né, poeta? Afinal: toda forma de amor vale a pena...
- Pelo visto, Kelsen Bravos, esse caso vai avançar para orgia...
- EVOÉ! POETA! EVOÉ!
Nenhum comentário:
Postar um comentário