Na conversa fiada que corria solta, Vessillo Monte rememora fatos ontológicos de gente merecedora de registro na memória de nosso Botequim. Lembramos vários. Um deles lhes conto assim:
Forjado no lesco-lesco do jornal da família, cumpriu longos estágios em todos os setores. Passou da manuteção das rotativas à presidência de um dos mais importante noticiosos do Brasil, condição para qual muito contribuiu. Varava os quatro cantos do mundo a sua fama de excelente negociador.
Todos declaram que ele deixava para o momento do até-logo o grande fecho e real interesse do contrato. Às vezes, seguia com os negociadores até o estacionamento...
Pois esse famoso empresário de comunicação do Ceará, depois de uma longa conversa com investidores, seguiu do estacionamento até um vicinal botequim tipo pé-sujo. Entrou com os figurões e pediu doses de uisque, sem parar de conversar, sempre olhando-os com atenção.
Ao vê-los entrar, Marquinhos, trabalhador gráfico de muitas histórias, evitando ser surpreendido da fuga do expediente para tomar umas cachacinhas, encolhe-se todo atrás de uma coluna, espremendo-se entre ela e o balcão.
Depois de duas rodadas de uisque, o patrão, que ficara de costas para ele, pagou a conta e seguiu com os empresários até o estacionamento. Onde deu dois tapinhas no ombro de cada um. Conta a lenda dos tapinhas que, se eles foram dados, os negociantes cederam aos argumentos do jornalista.
Espreguiçando-se para aliviar as caimbras em razão de tanto tempo encolhido, Marquinhos pede a conta. Ao que o dono do botequim informa já ter sido paga pelo patrão com acréscimo de mais duas.
O homem nasce sem maldade
ResponderExcluirEm parte nenhuma do corpo
O homem é lobo do homem
Isso explica a viadagem congênita
E a baitolagem adquirida!
Sendo assim
Quem nunca queimou o anel quando menino
Queimá-lo-a quando crescido!
E isso explica novamente
A história da viadagem adquirida!
Porque homem é homem
Menino é menino
Macaco é macaco
E viado é viado
Homem é homem
Menino é menino
Politico é politico
E baitola é baitola
O indivíduo nasce, cresce
E adentra ao mundo social e politico
Filosófico e artístico
Fica danado, letrado, inteligente e sabido
Conhece tudo, explica tudo
E discute com bastante elegância
Os rumos da catilogência
Fica suave, delicado e aberto
A novas experiências
Porque homem é homem
Menino é menino
Macaco é macaco
E viado é viado
Homem é homem
Menino é menino
Politico é politico
E baitola é baitola
Nada de novo no front desglobalizado leso
A saída é a retaguarda
E isso explica a evolução
Da perobagem adquirida
Fica difícil um estudo
Uma tese, uma análise
Dadores da ciência
O homem inteligente dá
Ou dá porque é inteligente
Porque homem é homem
Menino é menino
Macaco é macaco
E viado é viado
Homem é homem
Menino é menino
Politico é politico
E baitola é baitola
Porque homem é homem