sábado, 18 de outubro de 2014

CONVERSA DE BOTEQUIM: Aécio fala em vão o sagrado nome de Minas

Seria impossível chegar a casa antes do início do debate entre presidenciáveis, ligo, então, para o poeta Vessillo Monte e o convido para um encontro extraordinário no Botequim. O destino conjurou mesmo para que fosse assim excepcional o 16 de outubro de 2014, pois o poeta não só aquiesceu como anunciou a vinda também do doce gigante Flávio San. Ele iria ter conosco depois de sair do trabalho. Chegara o dia de conhecê-lo pessoalmente. Grato encontro.

A conversa fluía divertida, quando vimos na televisão as imagens iniciais do tal debate. Pedimos para altear o som. Bem diferente de nossa conversa, a pugna entre Dilma e Neves começou tensa e foi gradativamente ficando irritante. Surpreso, constatei estar o poeta deveras interessado pelo contexto político eleitoral, ao ponto de tomar partido e indignar-se com a demagogia de Aécio Neves. San, o doce gigante, quedou sossegado ao perceber as mesas vizinhas, segundo ele, todas dilmadas - garantia de nenhum contratempo. Melhor assim - disse.

Apesar de tenso, o debate foi quase irrelevante em apresentação de programas e propostas da canditadura de cada um. Dilma reafirmando dar seguimento ao excelente caminho político adotado em sua gestão e Neves dizendo que faria a mesma coisa mas, segundo ele, de forma melhor.

Assim sendo, concluímos - como todas as pessoas de bom senso - ser melhor dar continuidade ao projeto de Brasil do atual governo. Mudar não vale a pena. Time que está ganhando não se muda. Até porque os projetos são bem distintos, embora Neves minta e omita o quanto de submissão da soberania nacional ao mercado tem o projeto de Brasil do PSDB.


A tensão do debate se deu pela exigência de se esclarecer questões atinentes a desvios de condutas e corrupções no histórico de cada um. Toda vez que Dilma Rousseff pedia esclarecimento, Aécio Neves fugia alegando ser mentira, que nunca ele cometera nepotismo, jamais arrombara a Saúde de Minas em cerca de 4,5 cinco bilhões, não havia ilegalidade no aeroporto de uso privado construído com verba pública, admitiu, entretanto, ter dirigido alcoolizado, e retrucou que Dilma ofendia Minas ao constrangê-lo com os pedidos de esclarecimentos. Alegou querer discutir propostas e não sua vida pessoal.

Neste momento Vessillo Monte se indigna e advoga ser necessário sim tal esclarecimento. Lembrou, citando Roma antiga, a razão do termo "candidato", palavra que vem de cândido cujo significado em latim quer dizer branco. Justamente a cor das roupas dos homens públicos romanos e de quem aspirava exercer função pública. Senadores, por exemplo, sempre se vestiam de branco a fim de à luz do dia ou à escuridão da noite, o branco se destacasse e todos soubessem dos passos dos homens públicos, afinal eram responsáveis pela gestão do Estado Romano.

Outrossim, de Aécio Neves e Dilma Rousseff nenhuma atitude nem o seu histórico podem ficar às escuras, afinal ambos são CAN-DI-DA-TOS! Quanto aos hábitos de cada um, eles têm de vir à luz, pois o Brasil traz no artigo quarto do seu Código Civil que ébrios contumazes, viciados em tóxicos, dementes sem discernimento, entre outros, são incapazes de assumir e exercer certos atos, o que se dirá do de governar a Nação Brasileira! Tem de esclarecer sim, CAN-DI-DA-TO!- esbravejou o poeta. 

O mais irritante foi Aécio Neves reiterada vezes falar em vão o sagrado nome de Minas, como se ele fosse Ela. Logo ele que lhe traiu a confiança depositada nas urnas! Minas Gerais é sim sagrada para todos nós brasileiros e conhece bem o dano causado por traidores da Nação Brasileira, Joaquim Silveíro dos Reis, por exemplo, inconfidente que traiu Tiradentes e a Conjuração Mineira.

Minas Gerais é Brasil. O povo mineiro é brasileiro. Vivemos uma democriacia de orientação laica, sagrada então é sua Nação.  Toda vez que o "serial big lie" Joaquim Aécio Silvério Neves dos Reis fala em vão o sagrado nome de Minas, todo o Nação Brasileira sente um forte nó na garganta! Vamos gritar e reafirmar  nossa libertação nas urnas!

Ao final do debate, vimos Dilma passar mal. Nesse instante, deve ter-lhe aflorado a Santa Ira, ressaltou Flávio San, alegando ser difícil qualquer pessoa de boa-fé suportar incólume tamanha desfaçatez. Até ele, o Doce Gigante, fleumático até para espantar moscas, ao ver a cara lisa do "serial big lie" Aécio Neves, ao fim do debate, apertou que partiu o copo, assutando-nos. Pediu descupas. Se eu estou indignado a este ponto imagino a presidenta. Aguentar tanta mentira, tanto cinismo não é fácil. Entendo perfeitamente a Dilma. - ponderou Flávio San.

Por compromissos de pai e marido zeloso, pouco depois do debate tive de me despetir mais cedo da libação. Flávio San efusivamente estendeu-me a mão. Lembrei-me do copo quebrado e lhe dei um forte abraço. 

3 comentários:

  1. CLAUTON MONTEIRO DA ROCHA27 de outubro de 2014 às 14:44

    Você falou, devidamente puto
    Que eu era um escroque,
    Um vagabundo, um escroto.
    Que eu era sórdido,
    Nojento, cínico,
    Era um canalha, um moleque,
    Um patife.
    Que eu não valia
    "o que o gato enterra",
    Que eu merecia era um par de chifres.

    Conheço a sua ira mas não sei o porquê!
    Pois sou tão seu amigo,
    Que tendo dois cus eu dava um pra você...

    Até entendo mas não compreendo
    A inconseqüência do seu desespero,
    Porque ataca tanto a minha pessoa,
    Se eu sou um santo, um querubim, um príncipe.
    Se eu vivo apenas para ser decente,
    Sou inocente que nem um menino.

    Eu sou um injustiçado, que até o cão tem dó!
    Pois o meu único erro foi comer sua irmã,
    Sua mãe, seu pai, sua tia e a véa sua vó...

    Diálogo:
    "-Ei, macho, que é que tu deseja?
    -Eu desejo que você seja muito feliz, mas eu vou comer mesmo é um sanduíche.
    -Sanduíche de quê?
    -Eu quero uma sanduela de mortadiche com um quicroante bem refrescola!!!"

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  2. Onde Houver Fé, Que Eu Leve A Dúvida
    Falcão
    Eu não bebo, não fumo, não cheiro
    Não danço, não jogo, não namoro em pé
    Mas no caminho que eu estou vou me acabar na mão
    Eu não deixo, não aceito, não abro
    Não permito, não tolero
    Botar a perder essa bendita ereção
    Um padre certa vez me disse:
    "O que não é bom certamente é mau
    O que não é doce com certeza é fel
    E o que não é inferno talvez seja o céu."
    Eu rezo novena, trezena, eu encho o bucho de hóstia
    E até como bosta pra pagar promessa
    Eu peco, eu fresco, eu minto
    Eu caio em tentação, eu como carne de porco
    Eu juro o santo nome em vão
    O papa já devia ter dito:
    Que a castidade não importa mais
    Deve ser quebrada na frente ou por trás
    Pois tem certas coisas que não se concebe
    Porque é dando que se recebe.

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  3. Voa, Liberdade
    Jessé
    Voa, voa minha liberdade
    Entra se eu servir como morada
    Deixa eu voar na sua altura
    Agarrado na cintura
    Da eterna namorada

    Voa, feito um sonho desvairado
    Desses que a gente sonha acordado
    Voa, coração esvoaçante
    Feito um pássaro gigante
    Contra os ventos do pecado

    Voa, nas manhãs ensolaradas
    Entra, faz verdade essa ilusão
    Voa, no estalo do meu grito
    Quero ver teu infinito
    Nesse azul sem dimensão

    Voa, no estalo do meu grito
    Quero ver teu infinito
    Nesse azul sem dimensão
    Voa, voa minha liberdade

    Voa, coração esvoaçante
    Feito um pássaro gigante
    Contra os ventos do pecado
    Voa, nas manhãs ensolaradas
    Entra, faz verdade essa ilusão

    Voa, no estalo do meu grito
    Quero ver teu infinito
    Nesse azul sem dimensão

    Voa, no estalo do meu grito
    Quero ver teu infinito
    Nesse azul sem dimensão

    Voa...

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