O contemplativo e reflexivo papo que tive com ela - entremeado de densos silêncios, foi assim tal como registrei:
— Lá vem o poeta Mário Gomes, filha.
— Mas, pai, com quem ele tá falando?!
— Com a poesia, filha.
— E cadê ela, pai?...
— A poesia está em lugar nenhum, por isso ela está em todos os lugares, filha. Vê como ele olha pra frente e pra trás e para os lados?... ele olha para a poesia...
— ...
— ...
— Mas ele também olha pra lugar nenhum, pai...
— !!!... É mesmo, filha, será que a poesia do Mário Gomes está dentro dele?...
— ...
— ...
- Pai... eu acho que o Mário Gomes é a poesia...
- ...
- ...
— Mas, pai, com quem ele tá falando?!
— Com a poesia, filha.
— E cadê ela, pai?...
— A poesia está em lugar nenhum, por isso ela está em todos os lugares, filha. Vê como ele olha pra frente e pra trás e para os lados?... ele olha para a poesia...
— ...
— ...
— Mas ele também olha pra lugar nenhum, pai...
— !!!... É mesmo, filha, será que a poesia do Mário Gomes está dentro dele?...
— ...
— ...
- Pai... eu acho que o Mário Gomes é a poesia...
- ...
- ...
É.
ResponderExcluirElas se reconhecem.
ResponderExcluirPois sim, poeta!
ExcluirAs poesias e as crianças e as infâncias...
ResponderExcluir