quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Livro da Semana: A confissão de Lúcio


Em 1914, Mário de Sá Carneiro publica A Confissão de Lúcio apimentada de mistério, sensualidade, movida por um intrigante triângulo amoroso entre Lúcio, Marta e Ricardo. O enredo inicia quando em 1895, Lúcio vai estudar direito em Paris. Encontra o compatriota Gervásio, que o apresenta a uma americana fulva e ao poeta Ricardo. Esta mulher, Marta, promove uma festa indescritível de sensualidade a que comparecem os três rapazes portugueses. Ricardo e Lúcio ficam bem amigos. Em 1896 – dez meses depois, Ricardo retorna sem explicações a Portugal. Durante um ano envia duas cartas a Lúcio e dele recebe três. Em dezembro de 1897, ao retornar a Portugal, Lúcio encontra o amigo casado com Marta, ou pelo menos vivendo com ela. Passa a frequentar a casa do amigo e acaba tornando-se amante de Marta. Um dia descobre não ser o único amante, sente ciúmes: "aquele corpo esplêndido, triunfal, dava-se a três homens – três machos se estiraçavam sobre ele, a poluí-lo, a sugá-lo!... Três? Quem sabia se uma multidão? ... e ao mesmo tempo esta idéia me despedaçava, vinha-me um desejo perverso de que assim fosse... " Vai a Paris para fugir do tormentoso ciúme. Após certo tempo, Lúcio encontra Ricardo e o agride verbalmente. Ricardo confessa que mandava Marta possuir os amigos que ele amava, porque assim, por meio dela, realizava o desejo de ser amante carnal dos amigos. Após a revelação, Ricardo vai até sua casa e atira em Marta, que num átimo desaparece, caindo ele próprio atingido pelo tiro. Lúcio é acusado pelo crime e vai preso. Cumprida a pena, Lúcio se exila no interior, onde escreve a sua confissão que é datada de 1913. A reveladora história é publicada no ano seguinte.
Leia o livro no Domínio Público.

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